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5 filmes em que Tom Hanks provou ser o rei do marketing no cinema

escrito por Raphael Marques 15/06/2018
5 filmes em que Tom Hanks provou ser o rei do marketing no cinema

É difícil eu lembrar de ter visto algum filme ruim estrelado pelo Tom Hanks. Como ator ele já mostrou possuir todos os predicados necessários para ter sucesso na profissão, incluo aí o tato para as escolhas certas de roteiro.

Fato este que leva nosso astro a sempre estar inserido em surpreendentes enredos, os quais alguns porventura — ou talvez nem tanto assim — acabam por funcionar como uma aula de storytelling na promoção de determinadas marcas, acabando por servir a uma espécie de marketing no cinema.

Muitas empresas estiveram no pano de fundo das atuações de Tom Hanks. Todas foram capazes de conquistar nossa empatia de forma lúdica e com aquela dose de entretenimento vinda de Hollywood.

Veja então agora os cinco filmes que mostram como Tom Hanks pode ser considerada um queridinho das empresas e impulsionar a valorização de uma marca, tornando-se um verdadeiro case de marketing no cinema!

1. Forrest Gump (1994)

Forrest Gump e o Marketing no Cinema

Forrest Gump: O Contador de Histórias é um verdadeiro clássico, apesar de na época ter dividido a crítica, o fato é que o filme levou para casa 6 Oscars. Após o lançamento da película em VHS, podemos dizer que também veio a ser um sucesso financeiro. O filme até hoje povoa a cultura popular com menções ao “corredor” Forrest, que ajudou a elevar a popularidade da Nike com o modelo Cortez de 1972 — recebido pelo personagem como presente da namorada e depois usado na sua maratona particular.

O filme ainda tem outros dois casos interessantes que podemos encarar como uma forma de marketing no cinema. A empresa de pesca de camarões, Bubba Gump Shrimp Company, criada por Forrest em homenagem ao seu amigo Bubba inspiraram o que hoje é uma gigante rede de restaurantes espalhados pelo mundo sob o mesmo nome. Toda a ideia e conceito foi obviamente licenciado pela Paramount, dona dos direitos do filme.

Há ainda a Smiley Face, uma espécie de sorriso amarelo que sempre perambulou pela cultura pop americana desde os anos 70 e que já sofreu tentativas de registros de patente até pela rede de varejo Wallmart. A Smile Face foi também popularizada por conta do filme. A corte americana já determinou que a marca é de domínio público.

2. Apollo 13 (1995)

Apollo 13 e o marketing no cinema

A célebre frase “Houston, we have a problem” é tão ou até mais famosa do que “Bond, James Bond”. A diferença é que a primeira surgiu na vida real para depois ser imortalizada na tela do cinema. O filme “Apollo 13: Do Desastre ao Triunfo” estrelado por Tom Hanks adaptou o épico resgate coordenado pela Nasa para salvar os astronautas da missão que acabou falhando após decolar e 56 horas depois ver uma explosão em um dos tanques de oxigênio colocar tudo por água abaixo e quase decretar a morte dos tripulantes.

Este não é o único filme a funcionar também como uma excelente propaganda de marketing para a Nasa. A ansiedade provocada pelo filme é de arrepiar, todo o tipo de engenharia possível para o contorno da situação foi feita pelos astronautas com a ajuda da instituição, e conseguiu emocionar diversos espectadores.

A tripulação pousou no Oceano Pacífico e foi resgatada, tendo os seus nomes até hoje eternizados na mente de todos: James Lovell, Fred Haise e John Swigert. A Nasa, nem se fala, a empresa com mais esta lição de storytelling permanece no nosso imaginário como sinônimo de triunfo.

Para se ter uma ideia da popularidade, houve já tentativas em se leiloar até a caderneta de anotação do comandante Lovell utilizada para a formulação dos cálculos de retorno da espaçonave. A Nasa proibiu a comercialização.

3. Náufrago (2000)

Náufrago e o marketing no cinema  Náufrago e o Marketing no Cinema 2

Este é sem dúvida o melhor exemplo de marketing no cinema. “Naúfrago” lida muito bem com a exposição de duas marcas ao longo de suas duas horas e meia de reprodução. A FedEx e a marca Wilson estão presentes no filme e roubam a cena em momentos que nos fazem esquecer que basicamente estamos vendo uma espécie de publicidade em forma de storytelling.

Tom Hanks na obra cinematográfica é um executivo da companhia postal que por conta de uma queda de avião acaba indo parar em uma ilha deserta. A FedEx procura sempre ser exaltada e movida a superar sua excelência no discurso do protagonista. As cenas na ilha são divididas com um caso raro de coadjuvante — uma bola de volêi da marca Wilson.

As duas marcas sempre são associadas ao filme, e de uma forma positiva, o que é excelente para o marketing delas. A habilidade em personificar a bola “Wilson”, dando-a até uma careta, constitui-se em mais uma grande forma de se fazer marketing no cinema.

4. Walt nos Bastidores de Mary Poppins (2013)

Walt Disney e o marketing no cinema

A obra de 2013 adapta os bastidores das negociações entre Walt Disney e  P.L. Travers sobre a aquisição dos direitos da série de livros da personagem Mary Poppins.

“Walt nos Bastidores de Mary Poppins” mostra Tom Hanks como Walt Disney que vai construindo um executivo apaixonado pelas suas criações e por contar histórias. Há uma cena marcante em que Walt afirma que considera Mickey como parte da sua família.

Toda essa caracterização em cima de Walt Disney, o empreendedor, serve para gerar uma enorme empatia para com a empresa em si.

A Disney vai sendo confundida com o seu criador e com os seus empregados também engajados no amor pelo que produzem. Uma das maneiras mais eficazes de se trabalhar com o marketing no cinema é humanizando as marcas, desenvolvendo suas paixões, seus defeitos e todo resto capaz de provocar identificação.

5. The Post (2017)

Washington Post e o marketing no cinema

“The Post: A Guerra Secreta” conta a história de como o jornal americano The Washington Post teve acesso a documentos sigilosos que implicavam ao governo estadunidense praticamente uma responsabilidade criminosa em prosseguir com a Guerra do Vietnã.

A papelada desvenda como secretários do governo já haviam alertado para que se encerrasse o conflito, visto que as condições eram totalmente desfavoráveis para um combate, resultando em somente desperdício de vidas e dinheiro, tornando assim a decisão final puramente orgulhosa e egoísta.

O enredo do filme vai girando em torno do embate entre a liberdade de expressão e as constantes tentativas do governo americano, apoiado inclusive com decisões judiciais, de impedir as publicações reveladoras do jornal.

Tom Hanks é o editor-chefe do The Washington Post, Ben Bradlee, que, junto da personagem de Meryl Streep (Kay Graham) vão com outros jornais a uma verdadeira cruzada contra a censura e a opressão governamental.

Após a subida dos créditos ao final do filme, é díficil não sentir admiração pelo The Washington Post. Mais um ponto para o marketing no cinema bem feito.

Menção Honrosa: Filadélfia (1993)

Filadelfia e o marketing no cinema

Preferi deixar o top 5 somente com cases de marketing no cinema que valorizaram ​empresas. Não é esse o caso em “Filadélfia”, muito pelo contrário, aqui as empresas são demonizadas e com muito sentido.

O filme aborda a questão envolvendo o preconceito contra homossexuais no ambiente de trabalho, e a película pode ser interpretada como um case de marketing ao vermos como ela é eficaz em trazer luz para a discussão envolvendo o preconceito. Aqui temos a prova de como um filme pode funcionar melhor do que qualquer campanha de conscientização.

O marketing no cinema perde as suas estruturas convencionais para se diluir e se fundir com as boas práticas de storytelling. Mais uma vez temos o conteúdo como base central de uma boa propaganda. A criatividade e a colaboração também podem ser cruciais para a singularidade e eternização de qualquer obra.

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