A economia da atenção é um conceito muito simples de ser explicado, porém difícil de ser dominado. O seu significado gira em torno do momento atual em que vivemos, onde escolhemos um determinado conteúdo em um ambiente responsável por não só oferecer diferentes opções, mas uma inesgotável quantidade. Basicamente, estamos falando de uma corrida, a qual as empresas competem com o objetivo de agarrar um prêmio valorizadíssimo na era do conhecimento: a sua atenção.
Sempre que ligamos o computador acabamos por abrir um vídeo compartilhado, ou ler uma página que estava logo abaixo dos comentários, ou até mesmo fazer o download daquele ebook que cativou o nosso olhar. A grande questão paira justamente na forma de acertar no conteúdo e conquistar o tempo cada vez mais escasso na vida do indivíduo.
Você pode chegar a ouvir que há uma ciência por trás da viralização, cuidado pois isto se trata de uma meia verdade. Em parte, realmente existem meios para fortalecer um conteúdo mirando o seu potencial viral, porém não estamos falando de ciência. A “fórmula” pode dar muito certo ou muito errado. O acaso também exerce uma gigantesca influência quando estamos falando de compartilhamentos e influenciadores, tudo muitas vezes pode se resumir ao famoso “na hora e lugar certo”.
Em virtude de tudo o que foi falado na introdução, este texto não tem a prepotência e a irresponsabilidade de soar como um guia rumo á viralização, mas sim um conteúdo de boas práticas digno de sua atenção.
Use as lições de storytelling
Aplicar as regras de storytelling no seu conteúdo é uma ótima forma de largar na frente pela captura de atenção. Falando de uma maneira simplificada, o storytelling procura trabalhar com uma estrutura narrativa mais similar a um romance, ou seja, a uma dramatização. Pegue como exemplo o que de melhor temos no jornalismo literário. Ao ler um artigo de Gay Talese, dificilmente, você verá aplicado a dinâmica da pirâmide invertida — formato da redação jornalística que prioriza em sua introdução a resposta para as perguntas mais importantes da notícia. Em contrapartida, o que você irá ler é uma narrativa sedutora e imprevisível com protagonistas, antagonistas, clímax e até uma moral subjetiva.
Conteúdos que seguem os preceitos do storytelling são fortes candidatos a ficarem enraizados em nossa memória e a motivarem nossa intenção para compartilhar a mensagem — para contar e recontar a história. Para entender melhor como montar um conteúdo seguindo as normas do storytelling, uma boa dica é ler o livro “O Guia Completo do Storytelling”, escrito por Fernando Palacios e Martha Terenzzo.
Foque na sua persona
Esta é uma lição mais comum de já ser praticada pelos produtores de conteúdo. Cada vez mais vamos abandonando o conceito de público-alvo e focando mais em personas — pessoas fictícias criadas com base em dados reais — para termos plena consciência de não estarmos produzindo um conteúdo genérico, e sim algo feito sob medida para um nicho.
Delimitar um consumidor requer aprofundamento tanto nos aspectos objetivos quanto subjetivos. Como já foi dito há de tudo e mais um pouco por aí, principalmente, na internet. Não faz sentido concentrar esforços — ainda mais quem está iniciando — para agradar a gregos e troianos. O alvo influenciará em todo tipo de adequação que o seu conteúdo deverá sofrer, seja na própria mensagem ou no meio de divulgação.
Seja autêntico
A autenticidade é um ingrediente crucial para que qualquer iniciativa tenha sucesso em épocas de economia da atenção. Ninguém consegue usar uma máscara por muito tempo. Um conteúdo perde força quando a pessoa por trás da obra não entrega sinceridade naquilo que faz. Nossa atenção pode até se enganar uma primeira vez, porém jamais ocorrerá uma espécie de fidelização por algo que não transborda verdade.
Seja ético
Lembre-se: Não vale tudo pela atenção. A internet está infestada de manchetes sensacionalistas, clickbaits e urls que dizem uma coisa, mas no final redirecionam para outra. Não vale a pena entrar nesse jogo. Enganar alguém para obter alguns minutos do seu tempo é algo condenável e que pode arruinar definitivamente a imagem de uma empresa e de um produtor de conteúdo.
Hollywood já escalou o tema a ponto de o tempo literalmente virar uma moeda, como no filme “O Preço do Amanhã”. A sensação assusta e causa ansiedade por nos darmos conta de que há muito lá fora para ser lido, visto e ouvido. A economia da atenção evoca muito do nosso comportamento em tempos pautados por escolhas, mas, ao estabelecermos critérios, é esperado que não naveguemos mais em uma escuridão digital. Gostou do artigo? Então vai lá, curta e siga a nossa página no Facebook para sempre ficar em dia com as novidades do blog!