A palavra “outsourcing” refere-se à definição de buscar algo no meio externo — de fora. Trazendo o conceito para o ambiente corporativo, acabam por relacionar tal prática às terceirizações. Porém o outsourcing possui um sentido mais amplo ao incentivar prestações de serviço em áreas fundamentais da empresa, não apenas aquelas de menor valor agregado, como antigamente acontecia no caso do trabalho terceirizado.
É cada vez mais comum ver empresas atribuindo funções como vendas, tecnologia da informação e marketing a prestadores de serviços para trazer mais expertise à organização e diminuir os custos. O ambiente de trabalho também beneficia-se com o outsourcing por conta da eliminação de sobrecarga que os atuais funcionários viriam a ter com as funções que agora cabem aos outsourcers. A possibilidade de aprendizado e networking com os prestadores de serviços é outro fator positivo a ser levado em conta na implementação desta estratégia.
As empresas não precisam mais “bater a cabeça” e buscar know-how onde elas não têm. O outsourcing trouxe facilidade aliada a excelência na entrega do trabalho. Saiba como isto tem revolucionado a estratégia de negócios das organizações que estão fazendo a diferença no mercado.
Mantém o foco onde ele deve estar
Planejamento e coordenação são ações que exigem muito de um gestor. Uma empresa pode ir do céu ao inferno por motivos relacionados a um bom e mau gerenciamento. O foco precisa estar dedicado a muitas destas atividades e seu corriqueiro desvio pode custar caro. É óbvio que o contrário também pode acontecer: uma empresa reconhecida pelo valor que entrega no produto final pode estar sendo limitada pelo constante tempo que vem perdendo com atividades gerenciais.
Não existe uma regra por nicho de mercado. Por exemplo, existem agências que são excelentes em entregar conteúdo de marketing, porém mesmo assim se valem de freelancers para produzir este conteúdo. No caso, o outsourcing é empregado na operação, enquanto que as funções de estratégia — como o planejamento e a mensuração de dados — ficam a cargo da empresa. Isto permite que a agência sempre consiga aumentar o portfólio de clientes sem perder a qualidade no serviço.
Amplia as atividades da organização
Uma empresa antes de tudo é uma marca. Esta mentalidade motiva o empreendedor a ampliar as atividades da organização e avançar nos negócios. Antes de iniciar uma ramificação da marca, é preciso ter claro quais habilidades serão necessárias para entregar o resultado esperado. Muitas atividades exigem uma curva longa de aprendizado, portanto acaba fazendo mais sentido para a empresa buscar prestadores de serviços que já possuam a expertise exigida.
Existem marcas capazes de erguer indústrias inteiras com produtos originados via outsourcing. O melhor exemplo vem da Red Bull que nunca criou uma fórmula química responsável pelo famoso produto. O empreendedor Dietrich Mateschitz obteve a licença da bebida que conheceu durante uma viagem à Tailândia e desde então vem fortalecendo o seu branding, deixando para quem sabe a produção do energético.
Outro caso interessante e dessa vez brasileiro é o do jornal humorístico de esportes “Olé do Brasil” que possui uma loja virtual de estampas de camisa, onde toda a logística é realizada por uma empresa parceira, cabendo ao veículo de comunicação somente a criação das artes que vão para as roupas. Tanto a confecção quanto a entrega são realizadas pela empresa Montink, permitindo ao “Olé do Brasil” atuar com experiência no novo segmento.
Reduz os custos
Já não é mais novidade que terceirizar implica em redução de custos. Esta provavelmente é a principal característica motivadora da prática. O “boom” dos coworkings que atingiu o Brasil serve bem para refletir sobre esta nova mudança provocada na economia. Manter uma estrutura física empresarial é muito caro, portanto o modelo de escritórios compartilhados aliou precisamente o custo-benefício que os empreendedores estavam buscando, sem falar no seu potencial sustentável.
Alguns serviços podem até não reduzir os gastos em um curto prazo, mas farão a diferença em um tempo mais longo. Terceirizar o seu time de vendas, por exemplo, pode acarretar em custos iniciais mais altos, mas que logo depois pode provar ser um bom investimento caso esta área na empresa esteja figurando como um verdadeiro “calcanhar de aquiles”.
Possui a flexibilidade que a empresa precisa
Plataformas de mídia como a Vice construíram modelos de negócio inteiramente baseados na produção de conteúdo feita por freelancers. Os profissionais da casa são justamente os editores que realizam a seleção e adaptação do que é entregue pelos outsources.
A iniciativa da Vice acabou resultando em um vasto material jornalístico constantemente atualizado de diferentes regiões do mundo, algo alcançável por conta da mobilidade e flexibilidade que este tipo de mão de obra permite. Até os veículos de comunicação tradicionais utilizam freelancers para a produção de certas reportagens, dependendo do conhecimento de pauta exigido e do local onde a notícia está.
Muito do trabalho atual vem sendo constituído por projetos com início, meio e fim, portanto, faz mais sentido a montagem de diferentes equipes para a exigência de cada iniciativa. A indústria audiovisual é umas das que mais se valem do outsourcing para viabilizar grandes trabalhos. A capacidade de abraçar vários projetos e entregá-los em um menor tempo são alguns dos fatores que tornam a prática de terceirização tão recorrente no meio.
Investir em outsourcing faz parte do novo modelo econômico de sucesso que as companhias vêm adotando. O mercado caminha rumo à colaboratividade e a sustentabilidade, o que nos provoca a pensar em formas de trazer diversidade e criatividade aos negócios, unindo a isto menores impactos ambientais e harmonia no ambiente de trabalho. A sociedade demanda dinamismo e representatividade das empresas, logo não faz sentido manter o grupo fechado às novas experiências.
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